acabou o sacrifício

a pior coisa de trabalhar é um gajo ter de se barbear, felizmente para mim isso quer dizer barbear-me uma vez por semana, ao domingo, mas ainda assim um sacrifício.

css

gosto do fade out no último álbum.

café belgië

não é o mais mítico de todos os sítios do mundo mas pode bem ter sido a última vez que lá estive. enquanto se escolhe uma das 100 cervejas (eu diria mais de 3000) ouve-se kellis e queens of the stone age. é um local especial, é o café da bélgica, bem ali no centro, a dar para o "antigo canal".

elvis has left the building

já tenho a mala às costas.

"a malta em portugal gosta pouco de trabalhar"

em 7 meses de trabalho tive 11,5 dias de férias e apanhei 4 feriados. ficaram ainda por usar 10,5 dias de férias (sou um ganda trabalhador).

se se considerar que 7 meses têm 210 dias e 28 fins-de-semana (56 dias), temos um total de 82 dias sem trabalho em 210 dias do ano, grosso-modo passamos 39 % do tempo a contemplar, a dissertar, a comer saucisson enquanto se ouve beirut, a apanhar sol no parque e de um modo menos geral mas mais divertido a beber cerveja belga e uma ou outra cerveja alemã e até, quem sabe, cerveja holandesa - porque não uma hertog jan karakter (mais isso fica para outro post).

esfreguem isto na cara daquela malta que fala dos tugas, por favor, porque eu já não tenho mais paciência.

coisas a que nunca me habituarei

hoje, ao fim de 6 meses e meio, escrever um cê cedilhado usando a tecla do acento é uma ginástica. desenvolve-nos os neurónios, e este deve ser o meu penúltimo post a partir do meu posto de trabalho.

come;car o dia

entre as melhores maneiras de começar o dia e tirando a mais óbvia deverá estar ir a ouvir isto, sozinho:

ryan adams - cold roses

é bom é muito bom. e perceber como de um estado norte-americano cheio de rednecks e bush supporters nos aparece isto é uma coisa que me surpreende todos os dias. mas claro surpreende-me menos do que a vida em si.

body pump #66

01 Warmup: Rain Down Love (Freemasons Feat. Siedah Garrett)
02 Legs/Squats: Cisko Disko (Rico Bass Vs DJ Bonito)
03 Chest: Get Up (Technotronic)
04 Back/Gluteals/Hamstrings: What Hurts The Most (Cascada)
05 Arms/Triceps: Time After Time (Quietdrive)
06 Arms/Biceps: On Your Way To The Disco (Rogue Traders)
07 Legs/Lunges: Show Me Heaven (Micky Modelle vs Jessy)
08 Shoulders/Arms: Where Are You 2007 (Paffendorf vs The Real Booty Babes Club Mix) (Paffendorf)
09 Abdominals-Core: Extreme Ways (Bourne's Ultimatum) (Moby)
10 Cooldown/Stretch: Always On Your Side (Sheryl Crow)

o alinhamento é este. 10 músicas de extrema qualidade, todas elas daquele tipo que não saem do ouvido mesmo depois de tomar banho. é ouvir, de preferência com alteres na mão que é para o sacrifício ser mais tolerável.

six feet under (again)

despedidas

hoje tive a última aula de body pump que começava sempre assim, no aquecimento:

Freemasons - Rain Down Love feat. Siedah Garrett

e, um pouco mais tarde, já nos bíceps:

Rogue Traders - On Your Way To The Disco

tudo muito bimbo como mandam as regras mais básicas de qualquer ida ao ginásio. no fundo, no fundo, a beleza (além da prof) era tudo ser em holandês.

vou mudar de emprego

vou mudar de emprego

vou mudar de emprego

lá para os lados de queluz de baixo, fazer não sei bem o quê!

quando conto que já tive cabelo um "bocadinho" comprido

as pessoas olham para mim com um misto de incredulidade e escárnio, mas sobretudo com muita intolerância.

o puto já tem 17 anos

Hoje, Spencer diz que gostava de ter sido adolescente nos anos 1990. Os seus correligionários geracionais "jogam Rock Band na Xbox, e isso não é ter uma banda a sério! Essa é a diferença entre os miúdos dos anos 90 e os de hoje - os miúdos dos anos 90 fariam de facto uma banda!"

eu juntaria que hoje seria impossível ter uma capa de um cd em que se visse a pila de um bébé

as entradas

foie gras e champanhe.

o beat da festa

sean paul - temperature

em cliquot, quando o zach canta assim:

A plague in the workhouse, a plague on the poor
Now I'll beat on my drum 'til I'm dead
Yesterday, a fever, tomorrow, St. Peter
I'll beat on my drum until then.

eu, mesmo depois de "saber" a letra, quero sempre acreditar que ele, no segundo verso, diz qualquer coisa como drunk 'til I'm dead.

se a banda sonora dos últimos seis meses tivesse de ser escolhida:

está tudo ali, não é preciso ir mais longe.

e pronto

ah e tal.

e o maradona

um dia destes:

chet baker - old devil moon

fui à quarta entrevista para a mesma empresa!
4! já só me falta falar com a mulher da limpeza a ver se ela me aprova. 4!
que mais querem? ver me nú?
e ainda assim não se decidiram, dizem-me quarta.
eu quero lá ficar. pode ser que consiga, afinal já só somos 3.

segunda fui a uma entrevista para outra empresa. foi alucinante, triste, deprimente, o homem era maluco. basicamente disse-me que nem ele sabia porque é que estava a trabalhar ali, e que nunca devia ter saído do antigo emprego, disse-me que ali eu não ia singrar e que o que era mais certo é que ao fim de 9 meses não me renovassem o contracto. disse-me também que pagavam pouco e que ninguém lá queria ficar muito tempo. disse-me ainda que no último ano já lá tinha havido duas cenas de pugilato e que aquela empresa não tinha grande futuro. enfim, ficou de me ligar e eu fiquei de o mandar à merda. assim foi. mete o estágio no cú.

só neste país é que se diz só neste país

ainda bem que foi na bélgica que o governo foi eleito ao fim de 9 meses e caiu passados 4. se tivesse acontecido em portugal, ui, nem quero imaginar.

na new yorker

uma reportagem de acesso livre sobre o cultivo de marijuana na califórnia, uma coisa muito bem escrita, algo tendenciosa (como teria de ser), que se lê em qualquer meia hora e que me faz pensar que as coisas estão a mudar de alguma maneira e em algum lado.

depois de ter fechado a minha conta do hi5 só me pergunto porque levei tanto tempo.

nos comentários aos artigos do público há dois tipos de pessoas: aquelas que escrevem a partir de portugal (ou que o dizem fazer) e as que escrevem a partir do estrangeiro (ou que o dizem fazer). uma coisa é comum a todos: a crítica mais básica seja ao que for. normalmente tudo servirá para dizer "este país é uma merda".

a diferença entre os dois grupos está na maneira como o dizem. os que escrevem a partir de portugal revoltados e tristes por não terem partido, e aqueles que comentam do estrangeiro com o paternalismo e felicidade típicos de quem fugiu da pocilga.

bastante ilucidativos os comentários.

há tanto tempo

que não ouvia o carlos cardoso do grande sofá (antena 3), e que agora tem o câmara lenta (que se pode streamar (?) da página da antena 3), que ouvi-o há pouco a dissertar sobre o moodyman daquela maneira tão típica que pensei: foda-se, mas o que é que eu andei a fazer estes meses todos?

entre as coisas mais bartolas de sempre

tem de estar aquele tique que muitas pessoas (sobretudo homens) têm e que é piscar o olho em vez de dizer bom dia. dá aquele ar chunga e traz-me aquele sentimento és um bartolo de merda que eu detesto sentir logo pelas 9h da manhã.

eu é que só surfo esquerdas

se não...

no sábado eu e um francês falávamos sobre música, sobre cinema, sobre saúde, sobre política e claro, sobre os estados unidos. mas sobre outros bartolos também. a dada altura entrámos no hiphop. ele mostrava-me e explicava-me isto:

I'AM - Nés Sous La Même Etoile

e eu mostrava-lhe isto:

valete - fimda ditadura

na altura pareceu-me haver relação entre as duas músicas e dei comigo a explicar-lhe a letra. foi um risco controlado, claro, que hoje em dia há pouco quem perceba os "limites"da arte.

finalmente

prenderam o karadzic. ainda faltam muitos tiranos e assassinos. a alguns deles chamamos heróis, a outros chegamos mesmo a chamar líderes do mundo livre.

é verdade

que não tem estado calor, nem anda parecido. ontem também apanhei chuvada quando saí de casa e quando voltei mas não me posso queixar disto:

não é perfeito? não, claro que não. mas porquê levarmos a vida a queixar-mo-nos de algo que não controlamos minimamente. o que há a fazer é aproveitar os minutos de sol, ir pó parque e sentir o sol. nada mais.

custava-me bastante mais quando estava em lisboa ter de fazer alguma coisa com 35C. isso sim me chateava.

para mim, pior do que não ter internet é ler isto há mais de 3 dias:

21-07-2008 18:52:54: !! Saugstube !! (193.138.221.214:4242) appears to be dead.
21-07-2008 18:57:37: !! Saugstube #2 !! (193.138.221.250:4661) appears to be dead.

o clima

ontem estavam a prever 29C e sol para sexta-feira. hoje já vão em 26C. eu sei, porque aprendi a esperar o oposto das previsões meteorológicas a 5 dias aqui para o país, que sexta-feira vai chover e não se apanha mais de 20C com vento sw de 40 km/h. mas é certo, certinho.

estado de alma

looking for a job sucks big time

siga

arte

o diesel

é claro que na melhor terra de portugal tinha também de ficar o melhor bar. não é coincidência, simplesmente tinha de ser mesmo assim. fez ontem 2 anos, dizem-me aqui pelo msn. fantásticas estas novas tecnologias, e mais fantástico é o aniversário. fantástico!

o post sobre os rascunhos

os rascunhos de posts do bartolices davam um livro. não é que os que postámos não sejam bons. não. longe disso. muito longe disso. simplesmente nuca ninguém os viu. e por isso têm qualquer coisa de especial. agora vou passar a escrever como o camus. sim. acho que sim.

o post que não faz sentido nenhum

era 1999, eu diria que era 2000, mas não, era 1999, fui agora ver à internet. a salomé de bahia lançava esta música com o bob sincláre (como se diz agora).

salomé de bahia - outro lugar

todas as músicas que se ouviam então davam, por si só, um blog. dissecar tudo aquilo, explicar o que se passou, onde se passou, era muita prosa, e prosa bonita. idos anos os de 2000. quando olho para trás parece que foi há quase 10 anos. isto tudo para dizer que ontem passei a noite inteira a cantar esta música e não faço ideia da razão. ou aliás, até faço ideia mas o que quero dizer é que não a ouvi.

o bartolices errou

ninguém aqui vai ao boom festival. pedimos desculpa pelo incómodo.

aquecimento não global

holanda - 16 ºC com céu nublado.

portugal - 34 ºC com sol.

façam a vossa escolha que eu já fiz a minha.

passava um dia inteiro a ouvir música, sentado à minha janela a ver quem passa, e os barcos, sobretudo os barcos: cheios de entulho, de carros, com contentores, com turistas, pequenos, grandes, muito grandes. o mate australiano chamava-lhe a walking picture. o cabrão era poeta.

desde dia 1 de julho a holanda é um "país livre de fumo" (rookvrij, ou o caralho). aqui, no entanto, as coisas fazem-se à séria: os bares e discotecas fecharam até construírem saunas onde os fumadores podem estar sem incomodar os dançarinos. e assim a campanha contra a vida boémia continua, numa sociedade que tende para a assépcia.

a assépcia é tão somente o reflexo do novo puritanismo. e se o velho puritanismo perdeu (rotundamente) no século xx foi por uma única razão: não houve lavagem cerebral. hoje em dia a lavagem cerebral é tão forte que ninguém precisa de proibir o tabaco ou a bebida: as pessoas naturalmente aceitam as novas teorias em prol da sua saúde.

e assim enquanto os estados unidos constroem sistemas balísticos na europa de leste, o irão vai construindo armas nucleares, israel se prepara para atacar os talibãs nós assobiamos para o ar e pedimos que o grande irmão nos proteja do fumo do tabaco.

que deus nos valha.

em 1991

massive attack soava assim:

massive attack - unfinished sympathy

não há photoshop

não há edição, não há nada. apenas um chapéu de chuva (e porque estava a chover avulsamente), uma ponte, um relvado, um canal amesterdão-reno, alguma paciência (pouca) e pouco mais.

ahhh, resta dizer que é em kanelen eiland, o sítio mais perigoso de utrecht, é onde vivem todos os talibans, os criminosos, onde há recolher obrigatório, um sítio perigosíssimo mas onde nunca tive qualquer problema, onde se janta e joga futebol na relva (com talibans perigosíssimos), e onde vivi 6 dos melhores meses da minha vida.

é aqui que fazemos marcha atrás.

cenas que a malta vê na tv enquanto come atum com massa

katy perry - i kissed a girl

n.e.r.d. - everybody nose

eu podia comentar, tentar dizer qualquer coisa, dar uma opinião, largar uma posta de pescada, inventar outro sinónimo qualquer e manter esta bartolice, mas vou ficar-me por aqui.

esta semana o fim-de-semana começa mais cedo. portanto: tenham um super fim-de-semana.

pronto pá, não resisti. digo apenas que a temática abordada no primeiro vídeo, embora seja semelhante à do segundo, é de um interesse enorme.

lisboa no new york times

The last of the Western European capitals to experience a cultural bloom, Lisbon is avidly making up for lost time. All over the city, an upstart generation is laying waste to the sepia-toned stereotypes and gleefully constructing edgy and forward-looking ventures amid the time-worn monuments and quaint cobbled lanes.

o slideshow aqui.

tudo via estado civil.

(se não se quiserem registar eu posso enviar o artigo completo)

na última temporada do six feet under, quando o billy e a claire pensam em vir para a "europa" a primeira ideia é espanha: granada, barcelona, as ilhas, maiorca, minorca, ibiza. frança seria demasiado óbvio e itália seria um "cliché" para dois artistas à procura de inspiração. na cena seguinte o billy pensa em portugal, para logo de seguida se lembrar que tem amigos em marrocos.

talvez este verão o encontremos em marrocos.

a road-trip continua

no vontade indómita.

descobri-os através do last fm e da minha amiga ana. obrigado ana e obrigado last fm. a inês também youtubou qualquer coisa um dia destes. e assim, depois de 1 minuto a linkar pessoas e coisas aqui estão eles:

the dø - on my shoulders

Can you do something with this?

levou-me 25 anos a ter a minha primeira carta de recomendação.

han?

cheguei aqui há mais de 6 meses.

o desrespeito que eu tenho para com o meu chefe não é uma coisa genética.
é sim um processo que se foi construindo ao longo de um ano a ouvi-lo dizer merda e vê-lo fazer esterco.

the office

o escritório é diferente.
alucinante.
acontecem coisas que nunca pensei que acontecessem.

uma coisa é um gajo tar à espera, ao telefone, a ouvir kenny g no outro lado, outra coisa
é esperar a ouvir isto:

pink floyd - we don't need education

mesmo que no fim nos digam que se não temos internet, e se temos um problema no router wireless isso é problema nosso, e que de maneira alguma um técnico irá a nossa casa resolver o problema.

wok to walk

noodles integrais + frango + molho teriyaki + pausinhos.

velocidade em km/música

a inês perguntava um destes dias quantas músicas em leva a chegar ao trabalho. como é raro levar o leitor de mp3 não sabia, mas hoje já sei.

saio portanto de casa a ouvir a brianstorm dos artic monkeys, que diz assim:

Brian,
Top marks for not tryin'
So kind of you to bless us with your effortlessness
We're grateful and so strangely comforted

e chego a ouvir o segundo refrão da the bad thing:

Do the bad thing,
Take off your wedding ring,
But it wont make it that much easier, it might make it worse,

são 10 músicas punk, portanto.

adoro ser banal e básico

não é que eu abomine cultura, simplesmente não me interessa.

este post merecia mais de mim.

isto é assim, eu ando para comprar uma bolsa daquelas de levar à cintura à para aí 2 anos. não quero uma bolsa daquelas de zipp, quero uma daquelas à moda daquela gente que se veste assim



mas por mais tendas "boom" que vá, de paredes de coura à feira de artesanato de lisboa, todas elas vendem exactamente os mesmos produtos! encontro mais variedade de bolsas para a cintura na Zara do que em tendas de vender coisas de gente que se gosta de vestir diferente!

uma santola não é uma sapateira

uma vez quase fiquei sem um dedo à pala de uma santola. na verdade quase fiquei sem dois dedos, e ela ali vulnerável na minha cozinha, de patas para o ar, pronta a levar com vinagre.

vampire weekend

The Lobster's Claw
Is sharp as knives
Evil feasts
On human lives
The Holy Roman Empire
Roots for you

uma banda que consegue meter a expressão holly roman empire numa estrofe deve ser reconhecida por isso se não por mais nada.

six feet under

Maybe we should get married.

So we can have people going onnvase-buying errands for us?

No. So, we can say all thosen "forevers" and "no matter whats".

You're in my will, I'm in yours, we basically are married, even if the law refuses to recognise it.

But I refuse to recognise the Bush administration so I guess it evens out.

RATM

há daquelas coisas a que se vai sem gostar, daquelas a que se vai por acaso, daquelas a que se vai porque se está no sítio certo à hora certa, e depois há daquelas coisas pelas quais se espera uma vida toda. rage against the machine, ontem em oeiras.

o serão de ontem

frans hals

podia queixar-me do "verão" holandês, de como chove, do frio que está, do vento, de não puder usar havaianas e calções ao fim-de-semana (sem ter frio), e de muitas outras coisas. mas a 20 dias de me ir embora e de me reencontrar com o calor português o frio agrada-me.

um dos blogs mais obrigatórios

é o vontade indómita. as razões são muitas: a qualidade da escrita, os temas abordados, a forma como os temas são abordados, uma visão da américa bastante interessante.

E quando dei por mim estava já nos arrabaldes de Nashville

no estado civil

uma dissertação sobre os nossos sucessores como namorados das nossas ex-namoradas.

Sei

que nunca mais voltarei ao ist para trabalhar.

foi-me dificil largar as tetas, mas seguramente foi a melhor coisa que fiz em 2007.

so tenho pena de o nao ter feito em 2006.

em super repeat

the dodos - red and purple

observatório de empregabilidade do IST

tendo em conta isto. gostaria que toda a gente que lê este blog e que se licenciou no ist, me dissesse se foi contacto para esta estatística (é que eu adoro aqueles oitenta e quarto vírgula dois, para nem falar daqueles seis vírgula sete):

Principais Empregadores (2002-05)

• ITQB, IST e BPI

Indicadores de Inserção (2002-05)

• Emprego até 1 mês após conclusão do curso – 21,1%
• Emprego até 6 meses após conclusão do curso – 84,2%
• Principais formas de colocação no 1º emprego:
  Contactos pessoais (38,9%)
• Remuneração actual > 1500 € mensais – 6,7%

as cenas que um gajo aprende antes das 9 da manhã

ontem

fazia uma coisa que nunca, nunca, nunca faço: via o telejornal da cnn. ao fim de 15 minutos já me perguntava se a qualquer momento algum carro armadilhado iria explodir à minha porta, se veria um porta-aviões a passar no canal, ou alguém a desarmadilhar uma minha anti-pessoal (não no jardim de química) mas no meu pequeno quintal.

e no fim fiquei sem perceber se era pior o semblante dos pivots ou se o conteúdo das notícias, ou se eram reflexo um do outro.

os holandeses não sabem comer, mas sabem divertir-se. e bem. quando disse, uma vez, a um holandês que os achava mais capazes de aproveitar tempos-livres, e de, no geral, se divertirem mais do que nós, povos do sul. ele estranhou e respondeu-me com um cliché: mas quando eu vejo aqueles anúncios de famílias do sul sentadas à mesa todos me parecem muito divertidos.

nós talvez sejamos mais barraqueiros (uma das nossas características que eu mais prezo), mais amigos, mas não somos mais felizes. e aqui está a grande diferença. os holandeses, quem sabe todos os outros povos do norte, quem sabe por herança protestante, mas sem dúvida por terem mais dinheiro sabem divertir-se, mas sempre sem dar barraca, sempre muito contidos. a contenção não é um entrave ao divertimento, mas com contenção o divertimento não é tão real. pelo menos na minha versão sulista de divertimento.

tudo para dizer que ontem, quarta-feira, meti um dia de férias à última hora, e fui andar de barco à vela, num lago holandês de 30 km, debaixo de chuva, vento, e frio quanto-baste. em portugal num dia daqueles teríamos ficado em casa, quem sabe ido ao almada forúm, ao cinema.

diz que vai ser assim

tou na internet na tv.
vejo fotos na tv.
jogo jogos na tv.

the office

de logistica, a produção, a investigação, a registos e até a banca, eu vou a todas.

2 meses e 100 curriculos depois, fui contactado por 6 empresas.
- uma nao me voltou a ligar
- uma era do porto e matei
- uma matou-me ao fim de 300 entrevistas
- uma é amanha
- outra é na sexta
- a ultima, que até foi a primeira, era para ser chefe de 30 homens de 50 anos!

há por aí malta a apostar que eu choro na minha festa de despedida. já meti um saucisson nessa aposta.

marquem na agenda, programem o vídeo, faltem ao trabalho

embrun-alpe d'huez, quarta-feira, 23 de julho de 2008.

animal collective

alguém que me explique a banda, por favor. que eu tenho tentado, deus nosso senhor sabe que sim, mas ainda não os consegui compreender, nem me lembro de ter gostado de um única música.

hey mate

temos um amigo australiano, mora na nossa casa e é surfista, mas está longe do (meu) protótipo de surfista australiano. de facto, nem diria que é surfista nem diria que é australiano. podia, de facto, ser um banqueiro nova-iorquino. seria, contudo, um banqueiro nova-iorquino com espiríto de surfista australiano, e por aí fora.

viveu durante 4 anos na suécia, onde nunca teve mates, apenas friends. claro que nunca um sueco percebeu, aquilo que para ele, e para mim é óbvio: a difereneça entre um mate e um friend.

quinta-feira o australiano vai-se embora.

hoje termina o meu rock werchter

fica em portugal

a mais bonita cidade da europa.

A cidade de Lisboa tem 4600 edifícios devolutos, como o que ardeu de ontem para hoje na zona dos Restauradores, metade dos quais a aguardar licenciamento da autarquia para reconstrução, segundo dados oficiais.

mas eu compreendo porque razão é impossível explicar isso a alguém que nunca viveu lá.

sexta-feira foi 4 de julho e ontem houve uma festa do chapéu. eu acho que nada disto foi coincidência.

num T0, se as coisas não estão na sala é porque estão na cozinha. a única excepção é a tesoura de cortar as unhas dos pés que pode estar em qualquer lugar.

pois se não querem ide-vos fuder

da ultima vez acusaram-nos de dar prémios de merda. que um jantar de frango de churrasco, um mítico copo (quem sabe se não o da última ceia) e gratidão eterna não valiam um mangerico. pois ide-vos foder. o jantar de frango de churrasco foi comprado na melhor churrasqueira da figueira da foz, no júlio dos frangos, e servido num terraço à beira mar com cerveja à discrição. o copo do andré é mesmo o da última ceia. já para não falar da gratitude eterna que devo à patricia por não ter deixado morrer o primeiro passatempo do bartolices. por isso caros e sovinas leitores, ide-vos foder.

de mim levam um jerrican de 10L de biodiesel feito por mim. e mais nada.

tomorrow tomorrow vou estoirar o meu guito

tomorrow tomorrow .....

segundo passatempo bartolices

o bartolices está à procura de uma mascote, seja um animal, uma pessoa, uma gaja boa, um objecto, qualquer coisa. portanto: jovem, estudas na etic_ e tens bom gosto? chamaste-te nuno e és da zona z? jovem cortaste o cabelo, és estudante de arquitectura no yes T e tens a mania que és pintor?

então não hesites, envia as tuas propostas em formato digital e/ou analógico aqui pela caixa de comentários.

o vencedor receberá: uma travessa de caracóis (a ser degustada na nau, em sesimbra, numa tarde de agosto), e nada menos que duas canecas de super bock a emborcar antes da chegada da segunda travessa (que deverá ser paga a meias), e ainda qualquer coisa a defininir pelo morte.

quanto ao primeiro passatempo: ganhou o morte, e o copo irá a caminho.

o fim-de-semana

la la la la la lalalalala la la lalalalala lalalalalalala, lalalalalala lalalala la la la la laaaaaaaaa.

eu não sei já perceberam que nas minhas fotografias meto aqueles filtros a preto-e-branco para dar um ar robert capa (tipo desembarque do dia d) para não se perceber que as fotografias estão uma valente merda.

eu sei que não devia dizer isto, que devia dizer que sou um ganda fotógrafo (o que por acaso também é verdade), mas é a verdade verdadinha.

morte

se visitares o teu profile isso conta como visita. ideia: colar fita-cola no f5 e deixar um firefox aberto na página do teu profile e ires para a praia praticar o mel. no fim do dia apontaria para 3 milhões de visitas, mas pode bem ser que não funcione, é só uma ideia.

o bartolices vai ao boom festival?

sim, não somos malta do trance, não somos hippies, até somos betinhos, gostamos de música calmina, em castelo branco deverão estar 45C naquela altura (à noite), mas o festival de músicas do mundo ficou para trás, mais uma vez; meteram o paredes num fim-de-semana que não lembra a ninguém, e os mcdonald's do sudoeste cheiram mal. resta-nos o boom, e tudo depende da resposta do morte.

melhor musica de 2008

What I'm searching for
to tell it straight, I'm trying to build a wall
Walking by myself
down avenues that reek of time to kill
If you see me keep going
be a pass by waver
Build me up, bring me down
just leave me out you name dropper
Stop trying to catch my eye
I see you good you forced faker
Just make it easy
You're my enemy you fast talker

I can say I hope it will be worth what I give up
If I could stand up mean for the things that I believe

este blog acaba

quando eu tiver mais profiles views do que o andré!

post de auto bajulação

para quem não se lembra eu disse que a espanha ia ganhar à itália e que depois ia ganhar o campeonato da europa. sim, eu!

ontem no tivoli, band of horses

de toda a poesia que li para a disciplina de português só me ficaram duas coisas: cesário verde e luiz de camões. cesário verde porque foi a única poesia que alguma vez consegui "perceber". luiz de camões por perceber que por muito que tentasse, perceber os lusíadas não era para mim, e que tudo que ali estava, tudo o que aquilo queria dizer, os significados, toda a subliminaridade, todas as alegorias, todo o engenho de enganar a inquisição nunca seria por mim entendido, quer eu ficasse chateado com isso quer não. como não sou de me chatear, isso nunca me chateou.

mesmo assim, dos lusíadas guardo os únicos versos que sei de "cor" (nem mesmo os do antónio gedeão eu sei de cor):

94
Mas um velho de aspecto venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C’um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do esperto peito:

95
-"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade a quem chamamos fama!
Ó fraudulento gosto que se atiça
Cua aura popular que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldade neles experimentas!

chama-se divagar

eu devo avisar que o post que inicialmente tinha pensado (?) não era nada parecido com o post que me saiu. queria falar da música, meter links, uns youtubes catitas, tudo a ilustrar estes dois dias bem musicais. mas depois achei que ficava tudo muito enfadonho... na verdade não achei nada, comecei a divagar, a falar de bartolices, a ligar conversas disconexas, e por pouco não comecei a falar de baby boomers, generation x e millenials. isto sim, dava um grande post.

o meu rock werchter

ontem foi o segundo dia do meu rock werchter, com band of horses. onteontem tocaram os vampire weekend, e mesmo tendo gostado bastante de ambos, percebi, mais uma vez, que estou velho, e que o vocalista de uma das bandas do momento parece mais novo que eu. não é que isto me chateie, mas um gajo repara, e não tem alternativa. quando somos putos toda a gente é mais velha que nós, agora, nesta idade, ainda a uma distância segura dos 30, os nossos ídolos, bastantes jogadores de futebol, vários cançonetistas, e artistas em geral, nasceram depois de 1986. para mim um gajo que nasceu em 1986 tem 14 anos. e acho que nunca conseguirei pensar de outra maneira, nem mesmo quando é vocalista dos vampire weekend.

chamem-me preconceituoso.

no meu ainda trabalho temos 2 estagiários de 17 ou 18 anos. eu curto os socios até. não curtem lavar material, não curtem muito trabalhar e curtem bué falar um com o outro. ah já quem diga até que é amor. mas quem é que curte lavar material? quem tem 18 anos não só não viveu os nineties como também ainda não teve tempo para se interessar por ela. assim, eu no meu papel de orientador de jovens estagiários, abdiquei do pouco que tinha de fazer hoje para formar jovens adultos e informados.

e assim foi.

where the hell is matt?

polaroid

eu nunca tive uma polaroid e sempre pelas mesmas razões: dinheiro. antes de ter digital porque um rolo para polaroid era mais caro que um dos hp5 do papá a 0 euros, e agora, já depois de ter digital porque continuam a ser mais caros que um jpeg.

mesmo assim sempre houve qualquer coisa que me atraiu na polaroid, sem dúvida aquilo a que atrai toda a gente: o aparecimento da fotografia, um pouco semelhante ao processo de impressão. mas na polaroid é tudo mais limpo, sem pinças, líquidos tóxicos, selénio, etc. tudo é rápido, e o momento é igualmente eterno. o formato não é o mais agradável, normalmente as fotografias não saiem grande coisa, mas não se pode ter tudo.

de maneira que quando li esta notícia, invadiu-me aquela sensação: aqui está uma coisa de que nunca disfrutaste e de que nunca irás disfrutar.