não é surpresa nenhuma para mim: o melhor concerto que vi no último ano foi da patti smith (mesmo sem ter cantado a horses). não é surpresa que alguém que ande cá há quase 40 anos dê o melhor concerto de roque-enrole que se pode ver nos anos 10 (mesmo num formato acústico), o melhor concerto que um jovem que viveu nos anos 90 possa ver.
isto só poderá surpreender quem ou 1) não conhece a patti smith ou 2) quem acha que os anos 60/70/80 não nos deram a melhor música de sempre. mas atenção, não hajam confusões: o concerto não foi bom apenas por a música ser boa, o concerto não foi apenas bom porque estava uma noite de sonho. o concerto foi bom porque, parece-me a mim, hoje em dia não se fazem roqueiros assim, roqueiros que vivem o roque-enrole assim e que estão dispostos a partilhar connosco, meros mortais, os últimos 40 anos das suas vidas. últimos 40 anos esses que viram a explosão da música popular, o aparecimento do roque-enrole, do punk, do walkman, do cd e do mp3. hoje em dia faz-se boa música, muito boa música até, existem muitos bons músicos, só não existem tão bons artistas da música.
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