claro que o melhor fica sempre guardado para o fim:
Um tom particular terá este ano a festa na Suíça. Os festejos oficiais transferem-se para Neuchâtel, onde está radicada a selecção nacional de futebol, e terão como anfitrião Laurentino Dias, secretário de Estado do Desporto.
o que se quer são tons particulares, festejos oficiais, e futebol, sobretudo muito futebol para entreter o povo.
6 comments:
O "povo" escolhe aquilo que o entretem... penso eu.
Quando vejo os comentários do nosso "povo" no Publico, até me arrepia.
Ainda temos muito que maturar, nós "povo".
leo
o povo escolheria aquilo que o entretém se houvesse alternativa. eu não estou em portugal agora mas duvido que haja outra coisa para além de futebol.
e o colar da política ao futebol, estes festejos colectivos, o adeus do presidente da república ao heróis da selecção, tudo isto é grave. e é mais grave qnd é feito com a conivência dos media, que cobrem a viagem da selecção nacional entre o estádio e o treino, o treino e o almoço, falam do gelo no pé do ronaldo, e do que jantou o simão e por aí fora.
tudo isso, é, quanto a mim, uma forma de entreter o povo. sem aspas. sem aspas porque é uma maneira mais orgânica para chamar à população de uma país. população cheira-me sempre a assépcia, a estatística.
Custa-me a acreditar que o povo nao tenha alternativa.
E custa-me a acreditar que, mesmo tendo alternativa, o povo nao estivesse muito mais interessado na "viagem da selecção nacional entre o estádio e o treino, o treino e o almoço, falam do gelo no pé do ronaldo, e do que jantou o simão e por aí fora".
leo
O que quero dizer é: nao acho que seja um problema de falta de alternativas.
leo
sim, é verdade. eu n sei como seria num mundo com alternativas, talvez fosse diferente. ou talvez n haja alternativa pq ng a exige ou pq ng a quer.
o q eu vejo é uma uniformização das notícias, da forma como nos são apresentadas, de como se passam meses a falar da maddie e dos almoços da selecção nacional. nós queremos novela e eles dão-nos novela.
alg, q n me lembro quem, dizia q s deve dar ao povo (ele dizia ao povo) não o q ele quer ver mas o q ele deve ver. n a novela mas a cultura.
mas isso seria uma ditadura, ou pelo menos uma ditadura diferente.
Seria ainda assim uma ditadura. Ou, pelo menos, uma mini ditadura cultural. Ate porque, agora fora do futebol e da TV, alguma da arte mais interessante nao é institucional ou politicamente correcta. Esta seria, entao, provavelmente também interdita?
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