Hugo Pratt

nunca me decidi se gosto mais da historia de pratt ou das suas aguarelas.



pratt escreve 2 tipos de livros sobre o corto. aqueles que eu percebo um bocadinho e aqueles em que eu nao percebo nada. pratt sabe muito de muita coisa, mas quando escreve nao conta o que sabe, ele vai encaminhando a historia, dando linhas de guia, mas se nao soubermos o que esta por tras do que eles esta a dizer, rapidamente se entra num devaneio sem fim, como os que tive a ler Mu, Helveticas ou Veneza. quer dizer, nao é um devaneio o que la está. é um devaneio a nosso imaginacao, e é por isso que a mim nao vale a pena ler um livro dos deles que tenha sido editado sem as paginas de background. eu claramente nao me sinto preparado para ler metade dos livros dele. nao percebo, falta-me conhecimentos sobre mitologia e historia.

existem os outros livros, aqueles em que a mitologia nao é a linha de guia. se tivesse de fazer uma comparacao, eu diria que estes sao o "jogo" de david linch e os outros o "muohland drive". nos normais um gajo consegue seguir a historia, mas fica sempre a sensaçao que existe ali outra historia que nos esta a escapar. penso sempre que ainda tenho muito que aprender para um dia ler aquilo como deve ser. destes o meu preferido é a "casa dourada de sarmacanda". comprei-o no publico em fasciculos a preto e branco, mas gostei tanto que tive de comprar a cores na feira da ladra em segunda mao por 12€ e sem direito a regatei-o. uma das minhas melhores compras.

outra das coisas que adoro nele, pratt, é ele escrever sobre todo o mundo, sempre com a mesma mitologia e nunca faltando ah verdade historica, da siberia ao afeganistao, do norte de africa a italia, brasil, irlanda.

outra das coisas que gostei muito sao os livros que ele escreveu sobre os indios na america, fort wheeling. tudo cheio de realismo historico. ou pelo menos do que eu fui confirmar pareceu-me.

e o corto, o corto nao tem comparacao.