no more butchie, no more of this

não é só dizer que não presta. quando é bom é preciso dizer que é bom. vou percebendo (na minha visão limitada das séries norte-americanas) o papel dos sopranos no foi feito a seguir e n que vai sendo feito agora. se as primeiras temporadas foram assim-assim, a última temporada vai-se transformando em algo memorável. tivémos que esperar 5 temporadas, mas acho que terá valido a pena. lá para o fim temos diálogos assim.



isto aqui em cima faz-me lembrar o que viria a ser o the wire ou o rome. e, claro, é bom. é muito, muito bom.

o que vou fotografando

farei ali o que nunca consegui fazer aqui: mostrar algumas das minhas fotografias. nunca me pareceu apropriado. maluquices. não haverá texto, não haverão comentários, não haverá bartolice: apenas fotografias. é um pouco mais minimal, menos comprometido do que o bartolices, mas ainda assim não menos sentido. os tempos também são outros e em detrimento do blogger escolhi o tumblr. será então uma fotografia por dia sem contexto e sem edição.

Que bel giorno d'estate, con la brezza atlantica che accarezzava le cime degli alberi e il sole che splendeva, e con una cittá che scintillava, latteralmente scintillava sotto la sua finestra, e un azzurro, un azzurro mai visto, sostine Pereira, di un nitore che quasi feriva gli occhi, lui se mise a pensare alla morte.

assim começa (mais ou menos, porque este já é o segundo parágrafo) "sostiene Pereira" de antonio tabucchi. ali fala-se de lisboa. lisboa vista pelos olhos de um italiano que se apaixonou por fernando pessoa. e que melhor prelúdio para regressar a portugal e àquele azul "nunca visto"? tenham umas boas férias.

unir os pontos

aqui vem a música italiana mais brasileira de sempre, como alguém terá dito centenas de vezes antes de mim. fala do verão, fala de amores passados e do coração. e fala, sobretudo e novamente, do verão. aqui está ela cantada por joão gilberto e vinicio capossela, embora seja fácil encontrar outras versões. embora duvide (peço desculpa) que outra seja tão bela como a do joão gilberto.





tenham um bom fim-de-semana.

unir os pontos

eu admito, eu admito, aqui o passo é um pouco grande de se dar. não é fácil unir aqui os pontos, não é uma versão, não são familiares. ainda assim eu acho que tinha a obrigação de vir aqui partilhar umas das melhores músicas que ouvi nos últimos tempos e que imediatamente me fez lembrar uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos. são os the roots a tocar nos anos 70 na costa ocidental africana. mítico.





obrigado analog africa.

porque é que os u2 são tão populares?

está aqui. tirado daqui (que é uma coisa muito boa). isto também é bom, e isto também. ahh, como eu gosto de pessoas que dizem mal dos u2, da apple e da blackwater.

os emails que gostamos de receber

You are correct, the apartment is front row to the beach. You just have to hop over the front wall and you are on the beach.

Have a good journey

um dia quero ser assim

marcelo mastroiani em "un divorzio all'italiana". esplêndido.

foi-se o sócrates

agora temos o portas e o passos. antes do sócrates tivémos o durão barroso, o portas e o santana. antes deles tivémos o guterres. antes tivémos o cavaco silva. antes deles não sei bem sem ir à wikipedia. sei que tivémos o presidente da sic e o mário soares, que viria ele a ser presidente de portugal. vendo agora tudo isto se define com um belo co-seno, o período varia mas anda ali à volta de 4 anos. mas quem sou eu para falar? eu nem sequer fui votar.

unir os pontos

músicas com algo em comum. músicas que não foram feitas pela mesma pessoa. músicas que nos levam a tentar unir os pontos: como de uma se chegou à outra. aqui o pai e o filho. antes tivémos gardel e candidato vieira, tango argentino revisitado pelo lello minsk: obrigatório.

a beleza disto tudo é ir unindo os pontos,.

sou avisado

que um amigo meu do facebook gosta, desde há 7 minutos, e por esta ordem, de "existencialismo" e do "senhor frango da guia".

ao FMI

não deixa de ser interessante (no mau sentido do termo) que tenha de vir uma americano lembrar-nos que "nos temos de unir aqui na europa". este é talvez um dos mais lúcidos e sinceros discursos políticos que vi nos últimos tempos. parece-me que há muito que ou começámos a ter vergonha de dizer as verdades ou que começámos a aceitar esta triste realidade como a nossa realidade.

a primavera começou

o tempo vai aquecendo, os passarinhos já cantam, as flores já nasceram, tempo está bom. é isto.

a despedida

camarada bartolo, enquanto ainda me lembro como aqui chego, queria aproveitar para te dedicar este post. fica com alegria



abraço!

Morte

dizer o que toda a gente já percebeu

o blog por aqui vai-se acabando. não se extingirá de um dia para o outro, levará tempo, levará anos mas extingir-se-á. é inevitável. não sinto já aquela vontade que me levava a escrever aqui, algo mudou. devo dizer, na verdade, muitas coisas mudaram. a bartolice continua prolífica (felizmente) simplesmente já não encontra o caminho do blog e já não vai sendo publicada.

para a prosperidade fica então este registo de anos em que por aqui fomos deixando, em forma de youtubes, pensamentos, fotografias pessoais (talvez 3 ou 4) e de outras pessoas, excertos de música, links para blogs, para jornais (que falam em estrangeiro e português) coisas que achámos deviam ser partilhados connosco e, só depois, convosco (sim, tudo isto sempre foi feito para nós). o que fica então, é uma série de coisas em bruto (pensar mais do que 2 minutos num post é assassiná-lo) e que, provavelmente, serão usados contra nós em tribunal quando formos julgados (seja pelo que for).

o blog não acaba aqui, claro, mas eu achei que devia partilhar isto, porque me parece óbvio e tudo o que nós não queremos é enganar o leitor (e só depois a nós próprios).

norte-sul

as diferenças entre o norte e o sul da europa são fáceis de notar, mas são difíceis de compreender. mais difícil ainda é encontrar as justificações para estas diferenças. não é só haver mais dinheiro, não é só serem protestantes, não é só o frio, não é só a falta de sol e a comida má. talvez seja tudo isto junto e ainda muito mais coisas (que eu não me lembro ou que ainda não percebi). só assim se pode explicar que hoje tenha recebido isto no meu emai:

Because my first paper is published and I’m expecting my third child, there will be cake at the coffee corner at 10.30!

(tem 31 anos esta pessoa)

milonga

a milonga é uma cena espectacular que não só soa fenomenalmente super, como é, também, divertidíssima de dançar. esta descobri-a ontem enquanto procurava isto (e que é também, só por si, uma coisa super fixe).

plágio?

no times de nova iorque:

Those remaining are being asked to make escalating — and perhaps existential — sacrifices that so far are being only implicitly acknowledged: Japan’s Health Ministry said Tuesday it was raising the legal limit on the amount of radiation to which each worker could be exposed, to 250 millisieverts from 100 millisieverts, five times the maximum exposure permitted for American nuclear plant workers.

The change means that workers can now remain on site longer, the ministry said. “It would be unthinkable to raise it further than that, considering the health of the workers,” the health minister, Yoko Komiyama, said at a news conference. There was also a suggestion on Wednesday that more wrkers may be brought to help save the power station.

no público de lisboa

A ministra japonesa da Saúde afirmou ontem que vai aumentar o limite legal de exposição a radiações para os 250 miliSieverts (o anterior limite estava nos 100). Esta quantidade é cinco vezes superior ao máximo permitido, por exemplo, nas centrais nucleares americanas. Esta decisão governamental significa que estes 50 heróis poderão, com o devido acautelamento legal, permanecer mais tempo no interior da central. “Seria inimaginável aumentar ainda mais o limite, por causa dos riscos para a saúde dos trabalhadores”, indicou a ministra, Yoko Komiyama.

Mesmo assim, a concentração de radiações no interior da central é tão elevada, segundo o “The New York Times”, que às vezes os trabalhadores têm de ser revezados passados poucos minutos.

isto é plágio ou não é? aquela referência ali ao NYT (a primeira do artigo) não indica que a única coisa retirada do times foi aquela frase que acaba em "que às vezes os trabalhadores têm de ser revezados passados poucos minutos"?

é preciso saber quem se lembrou de fazer a sequela do hangover. e preciso saber isso, e enviar lá uma equipa de ninjas para assassinar o/a indivíduo/a. claro que estou a apostar aqui que o filme será uma merda, mas também serei o primeiro (talvez o segundo) a vir aqui dizer que, afinal, o filme é espectacular.

faltam dois anos

e a sensação é de que faltam duas semanas.

música para o resto da semana

(claro que foi através dos bons rapazes. o álvaro costa deveria ser o próximo primeiro-ministro de portugal).

karma

matar baleias para "experiências científicas", equivale a um sismo de grau 9, dois de grau 7 e mais de trinta de grau superior a 6. e ainda duas explosões em centrais nucleares. não brinques com o karma.

geração à rasca

eu estive lá!

coisas e cenas

lá fora o sol brilha, cá dentro estão 25C lá fora estão negativos, o almoço meteu batatas-fritas, é sexta-feira, o benfica é o melhor. velha-guarda para o fim-de-semana:



(obrigado seta)

uma pessoa vai à loja a pensar que virá de lá com um disco, sem saber bem qual. uma vez por mês lá vou eu procurar qualquer coisa. de vez em quando sai-se de lá com coisas que se conhece, com coisas que se queria comprar, outras vez sai-se de lá com coisas de que não se gosta, às vezes apanha-se coisas de que se adora. outras vezes encontram-se coisas destas:


coisas que nos mudam a vida. e é todo um mundo novo, o da música africana dos anos 60 e 70, não se está preparado para aquilo e pensa-se mas onde é que isto andou este tempo todo, como é que em portugal não se conhece isto, porque tem de ser um alemão a viajar por áfrica, américa latina e comprar discos telefonar à valentim de carvalho, e fazer este disco?

hoje

enquanto biclava (o nevoeiro, daquele grosso que parece quase chuva, não me deixava ver nada) lembrei-me, epá agora desde que uso o google reader nunca mais fui ver o tubus, será que lá têm alguma coisa? a pergunta é compreensível: as pessoas do tubus eternus (que eu não conheço) gostam de partilhar a sua imensa criatividade com toda a gente e, para isso, têm um blog de surf que dá prazer ver e ler (ao contrário de quase todos os outros). então, quando abri a página, lá estava isto:

Untitled from ze bird on Vimeo.

que, no mínimo, é fenomenal. (já agora vejam também as sessões de fotos que por lá estão).

o dia virá

em que será proibido fumar em casa (mesmo sem empregada doméstica) e o dia em que será proibido comer bife e o dia em que será proibido beber uma cerveja. se deus quiser eu já cá não estarei.

já todos sabiamos isto, os sócios vão-se embora, os sócios vão deixar de tocar, os sócios vão deixar de aparecer na televisão, os sócios vão deixar de fazer discos. o james murphy "gosta de fazer café", o james murphy tem uma editora para gerir, é trabalho de sobra; o tempo não chega para cantar, para fazer músicas para os lcd soundsystem. aqui estão a última entrevista tv e a última cantiga na tv. o momento é triste, o momento é solene, muito triste, muito solene.

há que saber esperar

The King Of Limbs will also be available in physical format as the “world’s first Newspaper Album”, in a package to be shipped on Monday 9 May. The Newspaper Album will include a CD, two 10″ vinyl records, “many large sheets of artwork, 625 tiny pieces of artwork and a full-colour piece of oxo-degradeable plastic to hold it all together” and a digital download of the album.

isto é tudo tão bonito

recebi agora mesmo um convite no facebook:

This is an ONLINE event. You do not need to be in Egypt or attend a particular march take part in this event. By clicking “I’m attending” you are simply showing your support for the Egyptian cause online.

todo este activismo cibernético é maravilhoso. veja-se a beleza do convite: não fosse alguém pensar que era preciso fazer mais alguma coisa do que clicar "like" eles avisam-te (várias vezes): que o evento é online (caps lock), que não precisas de estar no egipto e que estás apenas a demonstrar o teu apoio à causa egípcia. é tudo tão bonito tudo isto. faz-me lembrar a candidatura do vieira: quase 25 mil likes, todos muito palavrosos lá na parede do candidato e depois? bem, depois houve 3000 pessoas que enviaram assinaturas, faltaram 4000.

um conselho em forma de link

sejam amigos dos "bons rapazes" no facebook. os bons rapazes no facebook e as mensagens em forma de clipes do youtube que eles lá metem fazem-me pensar que ainda há saída para o facebook, que ainda há fim à vista, que ainda há razão que, no fundo, ainda poderemos vir a ser felizes através do facebook e com o facebook e vice-versa.

o pedido de desculpas em forma de vídeo do youtube

ainda por aqui não se falou disto. pior, ainda aqui ainda não se meteu um youtube disto o que é, não só pior como também estranho, porque, por aqui, à mínima coisa se mete um youtube. é verdade, é verdade.



que há a dizer sobre isto? não sei, não sei. simplesmente que junta malineses (os melhores músicos de música africana do mundo) e os cubanos (os melhores músicos de música latina do mundo) o resultado não poderia ser outro que não o melhor disco de 2010 a juntar malineses e cubanos. e depois há aquele sócio com um chapéu de caubói. tudo soa melhor quando um sócio toca de chapéu de caubói e toda a gente sabe isso.

por falar em efeito-borboleta

um sócio imola-se e cai o governo tunisino e, provavelmente o do egipto. o do sudão do norte (agora que o sul vai ser independente) também parece estar com problemas. os iémenitas também já atiraram umas pedras. bom, bom, era aqueles ditadores da arábia saudita também se irem embora e já agora os iranianos também se revoltarem conjuntamente com os líbios. que bonito seria.

é comparar

com aqueles anúncios do turimo de portugal (que só faltavam ter como música de fundo o hino de portugal):

tenta

descobrir quantas sequências seguidas notícias-desporto-tempo aguentas ver na euronews.

revolução!

no sítio do costume mais uma reportagem sobre o momento histórico que se vive no norte de áfrica e médio oriente.

we are the american people, we have seen difficulties before and we always overcome it

eu queria dizer que isto é o trailer do novo filme do michael bay. não é.

eu não fui votar

e agora, vão-me chatear?

podia fazer um post sobre o meu mundo estar de pernas para o ar.

nao faço. admito-o só.

viva o rei

viva o kanye west.

imagina isto

compras um telemóvel daqueles modernaços feito pela microsft e queres enfiar lá dentro um programa gratuito. isso é possível mas só se fores à windows store para o que tens de fornecer dados válidos de um cartão de crédito - paypal não serve. também não podes instalar nada que não seja vendido/oferecido pela microsoft store.

no dia seguinte queres meter aquela música como teu toque personalizado: só gravando o ficheiro como AAC e dando algumas voltas pela internet e só então o consegues usar como toque. claro que para fazer isto tens de usar o programa da windows o qual é também a única maneira de passar as fotografias do telemóvel para o computador, de sincronizar dados e contactos no telemóvel e, até, eliminar uma música no telemóvel

inconcebível, não é? pois é, isto é o que a modernaça apple faz todos os dias.

o carlos cardoso

trabalha agora na oxigénio. a oxigénio é, portanto, um grande sofá durante todo o dia.

almodovar

amigo, que se passou apra fazeres aquele filme a que chamaste los abrazos rotos? estavas com problemas? ainda estás? que tipo de problemas? porque foste fazer aquilo? teve mesmo de ser? ou teve mesmo que ser? (o meu tio agora explicou-me a diferença entre "ter de ser" e "ter que ser", esperem vários posts sobre isto), porque foste fazer um filme tão mau, tão previsível? tavas a precisar de dinheiro? duvido, mas pronto pode acontecer, e é verdade que se faz qualquer coisa quando se precisa de comprar batatas.

tudo aqui.

war pigs

a beleza de tudo isto

a beleza da internet, destas coisas em gerais, da wikileaks, do youtube, é estes momentos ficarem imortalizados.



parece que afinal sócrates e amado "ajudaram e apoiaram transferência de prisioneiros, violando as normas internacionais do direito em que nos baseamos" depois do pedido do david palmer da vida real. para a prosperidade fica esta frase do sócras:

(...) no MNE não há nenhum registo que nos dê ideia de que no passado tal tivesse acontecido [os vôos da CIA]. porque a nossa política externa é baseada no direito internacional, e fico particularmente ofendido com um relatório que pertende colocar portugal no centro ou na rota da infâmia, não aceito isso!, e lamento muito que outros deputados o aceitem ou procurem icentivar isso. isso nunca aconteceu.

a feiura é que estes criminosos de guerra nunca serão devidamente julgados e que nos continuarão a governar.

o telejornal da bbc no seu melhor

zero assumption recovery

é preciso falar deste programa em todo o lado, fazer flyers, escrever poemas, compor sinfonias, colar posters, pintar paredes, desenhar quadros, esculpir esculturas, etc etc etc. este é aquele programa que vos vai salvar todas as fotos quando vocês fizerem merda (de mais) com o vosso computador e acharem que perderam tudo e começarem a suar e a pensar que vão ter que fotografar tudo novamente e a pensar que há quem vos vai esfaquear. claro que... fazer um backup também ajuda mas isso não conta.

a doninha has left the building

obrigado por tudo.

às armas

camaradas: ainda há tempo para o vieira ser o candidato de todos os bartolos portugueses e emigrantes. para vos mostrar porque é preciso ter o vieira como candidato deixo-vos aqui este pedaço de lirismo moderno português.